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Os desejos do meu coração

Dora me acordou às 6h40. Ou pelo menos foi então que vi meu celular. E agora, aqui, escrevendo, eu percebo que eu acordei pensando no outro. 

Hoje é aniversário de uma amiga querida, e eu estava calculando fazer uma cesta de café da manhã, e dirigir até a casa dela para entregar, tudo antes das 9h. 

Eu poderia colocar um dos pães que fiz ontem (eu fiz pão pela primeira vez!! E ficou delicioso!), a geleia de frutas vermelhas que eu fiz esses dias, alguns pães de queijo que eu também fiz (só escrevendo eu estou realizando quanta coisa mudou por aqui nos últimos meses, porque eu nunca fazia nada dessas coisas todas). 

E será que teria alguma CVS aberta pra eu revelar algumas fotos nossas para entregar junto? Acho que não. E como eu poderia embalar o pão? E os pães de queijo?

E o que eu escreveria no cartão? Quão feliz ela ficaria? Em qual das portas eu poderia deixar a cesta? Qual cesta eu poderia entregar? 

E foi aqui, e só aqui, que eu travei. 

Tem alguns meses eu comprei cestas para ter em casa e presentear pessoas. Umas 10. Já usei todas. A única que ficou eu não queria dividir. Quero ela pra mim. E não teria nenhuma loja aberta pra que eu comprasse uma cesta.

Foi AQUI que eu travei. Não no gesto de carinho absurdo por quem eu não encontro há algumas boas semanas. Não no quanto me custaria. Não, inclusive, se EU gostaria de fazê-lo – ou se faria só porque o outro gostaria de recebê-lo.

Eu parei porque não ia dar tempo de comprar outra cesta.

Porque o desejo do meu coração era bastante claro: continuar na cama, começar a segunda-feira devagar, como eu havia planejado, ontem a noite: tomar meus 500ml de água, ficar em silêncio pelo máximo de tempo possível, escrever no papel. Quem sabe ler um pouco. Eventualmente fazer uns ovinhos para comer com o pão que eu fiz. Tomar chá ao invés de café.

Eu queria começar meu dia com calma.

Mas meu coração me pediu que eu não medisse esforços para fazer incrível o começo do dia do outro, e que para isso eu tivesse  inclusive pressa.

O que eu decidi?

Continuar na cama por mais uns 20 minutinhos. Arrumar o meu lado. Tomar minha água morna. E sentar pra escrever no balcão da cozinha, que estava recebendo uma luz tão, tão bonita. E escrevi. Foi escrevendo, inclusive, que percebi um pouco das coisas que dividi aqui, com você.

Por quanto tempo escrevi? Não sei. Uma hora? Sei que enchi 3 páginas, e que foi tão profundo e cheio de percepções importantes que é do tipo de texto que eu provavelmente vou ler na terapia.

Eu fiz o que eu queria, hoje. E não o que meu coração mandava.

Porque esse filhadaputa nem sempre sabe o que é melhor pra MIM, pasme.

E porque decidi por mim, meu dia começou com calma. Nasceram insights extremamente profundos, texto aqui pro blog, ideias de conteúdos a serem compartilhados no futuro, tudo antes das 9h.

Nota da autora:
Antes de levantar da cama, com os olhos ainda lutando para permanecer abertos, mandei uma mensagem bem longa e atenciosa de parabéns – porque também não sou de ferro.

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