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8 anos de terapia: o que vivi, o que aprendi, e por que hoje sou eu quem segura o outro lado da corda

Finalmente parei para fazer as contas, e já faz 8 anos que eu faço terapia.  Comecei aos 14 anos, salvo engano, e provavelmente falava mais só sobre minhas brigas por roupa com a minha irmã e sobre meu amor da semana – eu tinha um afeto bastante volátil. Por falta de dinheiro passei alguns anos sem, até que retornei em 2014 e, desde então, falhando apenas alguns meses, nunca mais fiquei sem.

Minha jornada como cliente foi intensa, assim como eu.
(Se você ainda não reparou, te conto: levamos quem somos ATÉ para as nossas relações com nossos terapeutas.)

Estive em sessões com percepções bastante empolgantes, que me traziam esperança para o futuro e ânimo para seguir a vida, insights tão potentes que meus terapeutas com certeza ficavam orgulhosos. E outras bem aterrorizantes – algumas vezes, coisas que percebi me fizeram literalmente cair no chão, chorando de desespero e vergonha.

Sobre ter tido uma infância “boa e ruim”

Vou te contar algo bem pessoal, e te peço que manuseie com carinho. Eu tive uma infância bem ruim. Muito boa em vários parâmetros (especialmente os mais socialmente validáveis), absolutamente terrível em outros.

O problema de ter uma infância bem ruim é que a base sobre a qual você se desenvolve está prejudicada. E via de regra você só tem condições de dar conta disso no final da juventude. Mas aí, surpresa: muito já se construiu em cima daquilo que era ruim. E o resultado é que toda a construção tem problemas graves. E é aqui o limite da metáfora com a engenharia de prédios, porque em saúde mental a demolição não é opcional.

Só se pode fazer reformas. Mas fazer reformas enquanto se vive – e portanto continua-se construindo – é bem mais difícil do que parece.

Crescer em cima de terreno instável cobra um preço

Em outros termos, por ter tido uma infância ruim, tive uma adolescência confusa e intensa, uma juventude problemática e uma vida adulta conturbada. Minhas preferências, expectativas e necessidades em relacionamentos eram completamente deturpadas, exageradas e doentes, e precisei fazer muito, muito esforço para melhorar.

Mas não foi esforço sozinha. Foi esforço na companhia dos oito profissionais que me acompanharam até hoje. Oito. E me emociono lembrando dos rostinhos e expressões faciais de cada um deles.

Eu sou quem eu sou porque fiz terapia

Foi só através da terapia que entendi que olhava mais para o outro, do que para mim. Que entendi que poderia falar não. Que não era todo contexto que merecia meu afeto. Que eu deveria ser vulnerável só onde o abraço fosse possibilidade. Que não tinha nada de errado em ser EU, desde que eu não intencionalmente ferisse alguém no processo.

Que tudo bem sentir raiva. E ter desejos. Que tudo bem querer ter muito dinheiro. E trabalhar bastante. E escrever meus textos, dançar minhas músicas e viver minha vidinha do jeito excêntrico que minha alma sempre pediu que eu vivesse.

Mas, em um tom mais dramático, eu só estou viva porque fiz terapia.

Porque nos meus dias mais escuros tinha alguém do outro lado do mundo, me olhando com cuidado, afeto e carinho. Porque eu falei o que sentia para alguém treinado para ouvir, acolher e processar, e fui validada, e me senti vista, aceita, protegida.

A terapia não só me permitiu viver como eu sempre quis viver, fazer terapia salvou minha vida.

Hoje, sou eu quem escuta do outro lado

E a alegria que existe em poder oferecer um serviço do qual já me beneficiei tanto, em tanta profundidade e extensão, como você pode imaginar, não tem valor. Saber que sou ESSE suporte para meus clientes, todas as semanas, é a maior honra da minha vida.

Não estou exagerando.

Qualquer cliente meu te confirma a abertura com que acolho contatos feitos extra-sessão, ou a empolgação genuína que sinto com cada passo dado, ou quanto eu choro e sofro junto. Eu amo ser terapeuta e me esforço para ser a melhor possível, todos os dias, porque ser cliente salvou a minha vida.

Se você está carregando mais do que consegue…

Eu te escrevo essas linhas e te conto a minha história de forma tão sincera, porque não é todo mundo que tem disposição em ser tão honesta em relação aos problemas que teve/tem, e talvez isso te deixasse com a impressão de que só você tem problemas. Ou que seus problemas são grandes demais. Ou que você é dramática demais, que nem é pra tanto, assim.

Eu te escrevo essas linhas para te dizer que você não está sozinha. Eu te escrevo essas linhas porque talvez você esteja precisando conversar com alguém.

Se você está carregando mais do que consegue, eu estou aqui para te dizer que você não precisa carregar nada disso sozinha. Existe um sem número de profissionais competentíssimos, dispostos e disponíveis a cuidar das suas demandas.

Te ajudar a enxergar a vida por uma lente diferente. Te acolher as dores, encorajar a coragem, e aumentar a responsabilidade.

Uma vida mais bonita te espera

Tem uma vida muito mais bonita e colorida te esperando do outro lado do processo que pode ser o mais mágico e transformador que você ja viveu.
E eu espero que você dê esse passo.
Eu espero que você dê esse passo porque foi ter dado ele que me trouxe até aqui.
Porque, de verdade?
Eu fucking amo a minha vida.
(E desejo muito que você ame a sua, também!)

Se esse texto tocou algo em você, minha agenda abre em momentos pontuais e com número reduzido de vagas. Para ser atendida por mim, mande mensagem para o meu consultório clicando neste link.

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