As emoções fazem parte da experiência humana natural. E, talvez mais importante do que reconhecê-las isoladamente, é entender que elas podem coexistir.
É possível sentir amor e frustração ao mesmo tempo. Alegria e melancolia. Gratidão e cansaço. Quando acolhemos emoções contraditórias, reduzimos o sofrimento causado pelas tentativas constantes de evitá-las ou eliminá-las.
Tentar controlar ou suprimir emoções pode, na verdade, intensificar o desconforto. Quanto mais se luta contra um sentimento, mais forte ele parece ficar. Esse esforço cria um ciclo contraproducente, que leva ao esgotamento emocional e nos afasta do que realmente importa.
Ao reconhecer que emoções coexistem, deixamos de julgar a nós mesmas por “sentir errado”. Esse reconhecimento abre espaço para a autocompaixão e nos permite lidar com o que sentimos de maneira mais leve.
A Aceitação como Caminho
Aceitar significa reconhecer e permitir a presença das emoções, mesmo as desconfortáveis, sem tentar apagá-las. Isso não significa se resignar ou desistir, mas sim dar espaço para sentir, sem travar uma batalha interna constante.
Algumas formas de praticar essa aceitação envolvem o assimilar dos seguintes conceitos:
Pensamentos e sentimentos são momentâneos. Tudo o que sentimos e pensamos surge e passa. Ao lembrar disso, reduzimos o impacto que essas experiências têm sobre nós.
Contato com o momento presente. Observar as emoções conforme surgem, sem julgar ou reagir de forma impulsiva, nos ajuda a lidar melhor com elas.
Eu como contexto. Perceber-se como um espaço que contém as emoções, ao invés de ser definido por elas. Você não é sua raiva, sua tristeza ou sua ansiedade. Você é quem as possui & percebe.
Quando aceitamos a coexistência de emoções, nos tornamos mais capazes de viver experiências afetivas ricas e profundas, sem precisar rejeitar partes delas. Isso nos permite construir relações mais autênticas – tanto com nós mesmas, quanto com os outros.
Que tal experimentar?